Eclectíssimo

Ab imo corde

Ideias que me ocorrem apontando formas para debelar a Crise!

Posted by Luís Paulo em Janeiro 2, 2012

Penso muitas vezes que a única forma possível para ultrapassar esta crise era operando uma rotura completa com o atual sistema económico e político.

Mas, questiono-me, como operar semelhante empresa se os setores (supostamente) mais esclarecidos da população:

•   vivem em casa dos pais (à pala) até perto dos quarenta anos, sendo que para esses a palavra crise não passa de palavra vã ou mote para diversão no facebook;

•   vivem silenciados, auto-coartados de ideias e atos, acagaçados por desagradar a quem pensam que dependem ou possam vir a depender: com medo de represálias dos professores; com medo de não conseguirem a simpatia dos líderes políticos; com medo de não agradarem aos futuros empregadores ou desagradarem aos futuros clientes; com medo de si mesmos; com medo de tudo, enfim; etc.;

•   passam o tempo verborreando brejeirice pseudo-culta receosos (muitos com fundada razão, outros não) de que, se começarem a falar a sério e/ou de coisas sérias, se descubra que o conteúdo do pacote não corresponde ao enfeite pavónico que fazem do mesmo, que publicitam ostensivamente por tudo quanto é espaço social (real ou virtual);

•  fazem do facebook, que devia ser um espaço priveligiado para a partilha de culturas e a potenciação de ideias criadoras a um nível nunca até aqui imaginável, fazem deste espaço uma gigantesca Feira das Vaidades à escala planetária;

•  e que resistem ferreamente, contra todos os apelos e evidências, à necessidade de sairem da sua zona de conforto?!

Assim é difícil, para não dizer impossível!

Enquanto isso, a elite dirigente, económica/capitalista e política, manipula, formata com propaganda demagógica, a mente desta massa amorfa, desta mole pseudo-culta, que age (ecstasyada) como que sob o efeito de alucinogénios.

Por seu turno, os poderosos acenam-lhe, a esse povinho insano, com a cenoura da felicidade e ele corre atrás dela, incessantemente, incansavelmente, carregando no lombo, felizes, o seu carrasco…

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Conselho de um ex-fumador, nos quatro anos de vigência da Lei n.º 37/2007

Posted by Luís Paulo em Janeiro 1, 2012

Por uma melhor qualidade de vida, em 2012
Diz, PARE! Não dispare!

É o conselho de um ex-fumador!

Lei n.º 37/2007, de 14 de Agosto

Aprova normas para a protecção dos cidadãos da exposição involuntária ao fumo do tabaco e medidas de redução da procura relacionadas com a dependência e a cessação do seu consumo.

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E que tal olhar com atenção para os que estão próximos de ti necessitando de auxílio, para evitar que situações de suicídio aconteçam?

Posted by Luís Paulo em Dezembro 24, 2011

Nesta quadra natalícia circulam aos milhões as mensagens com votos de felicidade, paz, amor, etc., etc., mas como a maior parte delas são padronizadas e reencaminhadas, copiadas e mais das vezes nem lidas e muito menos sentidas, algumas reencaminhadas mecanicamente com assinatura de terceiros, ou até reencaminhada por alguém para o seu criador como se tivesse sido obra do primeiro, e esquece-se o essencial:

Esquece-se aqueles que nos rodeiam e a quem uma simples palavra sincera, exclusiva, personalizada, dirigida especialmente a quem necessita dela, pode salvar vidas. Esquece-se porque não se vê!

O individualismo, o egoísmo, o egocentrismo e a hipocrisia grassam na sociedade, obnubilando-lhe o espírito! Novos valores (?) que chegaram e se instalaram, lenta e implacavelmente, tomando o lugar de valores ancestrais que foram elementos aglutinadores da sociedade, tal como uma massa de ar frio proveniente da Sibéria, que chega sem pedir consentimento e perfura o ar quente que nos conforta, enviando este para alto.

Espero que o telemóvel da senhora que se atirou do alto de um viaduto, com a sua filha bebé nos braços, não tivesse recebido destas frias e hipócritas mensagens de Feliz Natal no preciso momento em que nos deixava…

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Limpeza do país em quatro fases (uma primeira abordagem, pela rama).

Posted by Luís Paulo em Dezembro 19, 2011

Para começar esta primeira abordagem, vamos lá continuar na senda das interpretações (das declarações dos governantes):

1.ª Fase: Durante os últimos anos, de governação socialista, qualquer pindérico, qualquer pé-de-chinelo, tirou um curso superior, qualquer analfabeto conseguiu ser professor; e à custa de quê? à custa dos subsídios e bolsas de estudo; subsídios e bolsas de estudo pagas por quem? pelos ricos, já se vê.

Isto assim não pode ser, o país assim não vai lá! O Rico a enriquecer e o pobretas a furarem-lhes o saco… Não, assim não!

2.ª Fase: Excesso de pindéricos doutores, engenheiros e professores, ainda por cima armados em finos a exigir que os ricos paguem a crise (ainda mais?! coitadinhos!). O melhor é convidar esses doutores pindéricos a emigrarem. E apontar-se-lhes os países de língua oficial portuguesa porque, coitaditos, o domínio de línguas estrangeiras não é o seu forte e as probabilidades de singrarem na vida, sem regressarem a infernizarem-nos a vida, são maiores.

Mas ainda assim não está tudo resolvido. Existe ainda um problema de monta: está a gastar-se sem proveito.

3.ª Fase: Para quê gastar dinheiro em Universidades, a formar doutores pindéricos, se depois eles vão lá para fora com o know-how aqui adquirido, à custa do financiamento dos ricos, e bolsas de estudo também custeadas pelos mesmos. Feche-se a maioria das Universidades (as públicas), fique-se apenas com as estritamente necessárias para formar a elite (política e capitalista) dirigente.

4.ª Fase: Promovam-se as festas do Emigrante, retome-se o comércio das malas de cartão e voltemos a ser felizes, «tipo»: Pobres, Analfabetos, Brutos, Brejeiros… mas Felizes! «Tipo» Muito Felizes.

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Se não fôssemos um povo analfabruto…

Posted by Luís Paulo em Dezembro 17, 2011

Se não fôssemos um povo analfabruto saberíamos interpretar o cinismo daqueles que respondem, sobre as medidas políticas que deverão ser tomadas daqui a alguns meses, com uma grande cara de lata e um irónico e sarcástico sorriso nas trombas: «quem é que está em condições de saber o que teremos que fazer daqui a alguns meses».

Saberíamos interpretar (se não fôssemos um povo analfabruto) que essa resposta nos diz que afinal ainda há ideologia política na base dos partidos e consequentemente nas campanhas eleitorais.

Saberíamos interpretar que os programas eleitorais são meros panfletos publicitários de genuína e macabra publicidade enganosa, já que eles deviam ser feitos com medidas a concretizar numa legislatura que é de quatro anos, e afinal descobrimos agora que nem para daqui a alguns meses é possível prever medidas políticas.

Não é possível prever que medidas deverão ser tomadas, mas quaisquer que elas sejam sabemos, com toda a certeza, que serão medidas de Direita, se o governo é de Direita. Disso não tenhamos dúvidas.

Ou ninguém se interroga: então se eles (Governo) não sabem que medidas deverão ser tomadas daqui a alguns meses (e independentemente de tal ser verdade ou não) então para que se propuseram a governar o país por (pelo menos) quatro anos?

Eles sabiam, sim, talvez não as medidas concretas, mas o rumo a seguir. Também eu, quando pego no meu automóvel não sei que medidas vou tomar dali a meia dúzia de quilómetros, mas sei para onde quero ir. Por isso um partido de Direita que quer Governar, diz que vai governar bem, e fá-lo-á, sem dúvida, mas de acordo com os interesses dos seus. Se for de Direita o partido, será de Direita o Governo e de Direita serão as medidas, quaisquer que sejam elas as que venham a concretizar-se.

E medidas de Direita, com políticas de Direita, levadas a cabo por um Governo de Direita ultra-liberal, desculpem-me (desculpem a minha burrice e a minha ignorância) mas não poderão ser medidas que defendam os interesses dos mais carenciados, dos desprotegidos, enfim, numa palavra, dos (mais) pobres!

Medidas de Direita, Políticas de Direita, Governos de Direita, defendem e promovem os interesses da Direita, isto é: dos Ricos!

Dúvidas?!

Mas este povo analfabruto adora demagogia, adora brejeirice, adora chicote no lombo. E adora mais coisas que por ora não digo…

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DEMAGOGIA, MULTIDÃO E DEMOCRACIA!

Posted by Luís Paulo em Dezembro 10, 2011

A propósito da euforia (demência) colectiva do povo português em momentos de crise e da demagogia político-partidária da direita ultraliberal, encarnada por uma pseudo-elite iluminada, ressabiada, sedenta de vingança pela afronta de ver nos últimos anos as suas praias favoritas e demais destinos turísticos invadidos por pés-de-chinelo armados em finos (sem serem de Lisboa), que até compraram casa própria (imagine-se, comprar casa própria, onde é que já se viu os pés-de-chinelo adquirirem casa própria!), e carro novo (ainda por cima grandes máquinas, ora vejam lá vocês), e de como foi possível esse mesmo povo maioritariamente composto desses pés-de-chinelo que carecem dos apoios vários que o Estado Social lhes concede como o feto carece do cordão umbilical e do líquido amniótico para sobreviver e se fazer gente, colocar no governo (do seu parco património) o carrasco que lhes estrangula o cordão umbilical e lhes suga o líquido amniótico não os matando talvez mas condicionando-os a viver raquíticos o resto dos seus dias, lembrei-me a este propósito, dizia eu, de uma frase cuja autoria é atribuída a Heródoto, escritor grego, a quem chamam o “Pai da História”, há cerca de 2500 anos, e que dizia mais ou menos assim:

“É sem dúvida mais fácil enganar uma multidão que um homem só”.

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Carta de José Saramago à sua avó Josefa

Posted by Luís Paulo em Dezembro 4, 2011

Carta para Josefa, minha avó

Tens noventa anos. És velha, dolorida. Dizes-me que foste a mais bela rapariga do teu tempo – e eu acredito. Não sabes ler. Tens as mãos grossas e deformadas, os pés encortiçados. Carregaste à cabeça toneladas de restolho e lenha, albufeiras de água. Viste nascer o sol todos os dias. De todo o pão que amassaste se faria um banquete universal. Criaste pessoas e gado, meteste os bácoros na tua própria cama quando o frio ameaçava gelá-los. Contaste-me histórias de aparições e lobisomens, velhas questões de família, um crime de morte. Trave da tua casa, lume da tua lareira – sete vezes engravidaste, sete vezes deste à luz.

Não sabes nada do mundo. Não entendes de política, nem de economia, nem de literatura, nem de filosofia, nem de religião. Herdaste umas centenas de palavras práticas, um vocabulário elementar. Com isto viveste e vais vivendo. És sensível às catástrofes e também aos casos de rua, aos casamentos de princesas e ao roubo dos coelhos da vizinha. Tens grandes ódios por motivos de que já perdeste a lembrança, grandes dedicações que assentam em coisa nenhuma. Vives. Para ti, a palavra Vietname é apenas um som bárbaro que não condiz com o teu círculo de légua e meia de raio. Da fome sabes alguma coisa: já viste uma bandeira negra içada na torre da igreja. (Contaste-me tu, ou terei sonhado que o contavas?) Transportas contigo o teu pequeno casulo de interesses. E, no entanto, tens os olhos claros e és alegre. O teu riso é como um foguete de cores. Como tu, não vi rir ninguém.

Estou diante de ti, e não entendo. Sou da tua carne e do teu sangue, mas não entendo. Vieste a este mundo e não curaste de saber o que é o mundo. Chegas ao fim da vida, e o mundo ainda é, para ti, o que era quando nasceste: uma interrogação, um mistério inacessível, uma coisa que não faz parte da tua herança: quinhentas palavras, um quintal a que em cinco minutos se dá a volta, uma casa de telha-vã e chão de barro. Aperto a tua mão calosa, passo a minha mão pela tua face enrijada e pelos teus cabelos brancos, partidos pelo peso dos carregos – e continuo a não entender. Foste bela, dizes, e bem vejo que és inteligente. Por que foi então que te roubaram o mundo? Mas disto talvez entenda eu, e dir-te-ia o como, o porquê e o quando se soubesse escolher das minhas inumeráveis palavras as que tu pudesses compreender. Já não vale a pena. O mundo continuará sem ti – e sem mim. Não teremos dito um ao outro o que mais importava.

Não teremos realmente? Eu não te terei dado, porque as minhas palavras não são as tuas, o mundo que te era devido. Fico com esta culpa de que me não acusas – e isso ainda é pior. Mas porquê, avó, porque te sentas tu na soleira da tua porta, aberta para a noite estrelada e imensa, para o céu de que nada sabes e por onde nunca viajarás, para o silêncio dos campos e das árvores assombradas, e dizes, com a tranquila serenidade dos teus noventa anos e o fogo da tua adolescência nunca perdida: “O mundo é tão bonito, e eu tenho tanta pena de morrer!”.

É isto que eu não entendo – mas a culpa não é tua.

José Saramago, in “Deste Mundo e do Outro”

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Cogitações filosófico-mundanas

Posted by Luís Paulo em Dezembro 1, 2011

A crescente desagregação da Família e dos valores familiares poderá tornar, em menos de uma década, as relações de incesto (inconsciente) mais frequentes do que a possibilidade de nos próximos anos um funcionário público vestir uma camisa nova…

A excessiva leviandade, fundada no egoísmo e na volúpia, com que progenitores (principalmente homens, mas não só) abandonam os filhos em consequência da rotura de relações conjugais ou equiparadas, deixa antever um futuro próximo muito preocupante. Não será difícil um homem de trinta e poucos anos envolver-se, duradoura ou fugazmente, com uma mulher que pode ser a filha que abandonou ainda muito jovem ou até mesmo no ventre materno…

Tal eventualidade sempre foi possível no plano das hipóteses, mas no contexto actual essa realidade poderá converte-se numa (preocupante) possibilidade rotineira, mais rotineira, até, do que um funcionário público ou trabalhador assalariado por conta de outrem vestir uma camisa nova!

Na verdade, é bem mais fácil, cómodo e prazenteiro ir a uma discoteca engatar uma “miúda” do que lutar pela defesa dum matrimónio em crise ou dos Direitos Fundamentais constantemente vilipendiados, desprezados e ignorados até,  por sucessivos governos…

Temos pena…

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Eis a origem do (estúpido) Círculo Vicioso, hoje convertido em Nó Górdio, da Economia Portuguesa!

Posted by Luís Paulo em Novembro 20, 2011

Eis a origem do (estúpido) Círculo Vicioso, hoje convertido em Nó Górdio, da Economia Portuguesa!

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A vida não se agenda, vive-se!

Posted by Luís Paulo em Novembro 16, 2011

Ficar à espera do dia de amanhã para realizar os sonhos da noite passada é uma tremenda asneira!

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Guerra Mundial (a 3ª) ou Tsunami Económico provocado, à escala mundial?

Posted by Luís Paulo em Julho 16, 2011

Alguém ainda duvida de que a actual crise económica, que assola o mundo inteiro, se trata de uma Guerra Mundial em curso, sob a forma devastadora de um Tsunami económico intencionalmente provocado, à escala mundial?

Não será o fim da espécie humana, não será! E os sobreviventes saberão, triunfantes e felizes, revitalizar a economia e fazê-la florescer durante pelo menos mais… um século?!

Teremos então uma Fénix Económica (ou uma Economia Fénix)…

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Fazia anos neste dia, aquele que eu mais gostava de ter conhecido em Pessoa

Posted by Luís Paulo em Junho 13, 2011

Nasceu há 123 anos. Um Génio! Alguém que eu adorava ter conhecido pessoalmente!

Escrevia coisas simples, assim, como esta:

“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.”

Fernando Pessoa

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Nova Orquestra “Medellín” Portuguesa – Formação e Estrutura

Posted by Luís Paulo em Junho 12, 2011

Formação e Estrutura da
Nova Orquestra “Medellín” Portuguesa
 

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Coração Puro!

Posted by Luís Paulo em Junho 10, 2011

Ditoso seja aquele que somente
Se queixa de amorosas esquivanças;
Pois por elas não perde as esperanças
De poder nalgum tempo ser contente.

Ditoso seja quem, estando ausente,
Não sente mais que a pena das lembranças;
Porque, inda que se tema de mudança,
Menos se teme a dor quando se sente.

Ditoso seja, enfim, qualquer estado,
Onde enganos, desprezos e isenção
Trazem o coração atormentado.

Mas triste quem se sente magoado
De erros em que não pode haver perdão,
Sem ficar na alma a mágoa de pecado.

In: Versos e alguma prosa de Luís de Camões, Edição da Fundação Calouste Gulbenkian, organizada e executada por Moraes Editores, 10 de Junho de 1977

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Dia Mundial da Terra – 2011

Posted by Luís Paulo em Abril 22, 2011

22 de Maio - Dia Mundial da Terra
 

Esta imagem é para colorir! Clica nela, imprime-a e pinta-a a teu gosto…

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Bulldozers (ultra)liberais abastecem os seus tanques e perfilam-se para arrasar (definitivamente) o Estado Social

Posted by Luís Paulo em Abril 10, 2011

O título diz tudo e mais não tinha necessidade de acrescentar (até porque o tempo é de economia).

Mas vou usar de uma metáfora (ou imagem) para ilustrar o problema:

Enquanto se deslocava de casa para o atelier um conceituado pintor sofreu uma queda da sua bicicleta após ter sido apanhado por uma violenta tempestade.

O veículo utilizado não era o mais adequado para resistir às fortes rajadas de vento e chuva intensa, além de que tinha ainda que suportar as violentas projecções de água e gravilha acumuladas na estrada provocadas pelos veículos pesados com que se cruzava, umas fortuitas mas a maioria voluntárias e deliberadas, puras manifestações de crueldade dos condutores desses veículos com o objectivo claro e único de derrubar o desprotegido e incauto ciclista.

O facto é que, apesar da temeridade e da estóica resistência, o talentoso artista acabou por se estatelar no asfalto, impotente face aos esforços macabros dos pançudos que se divertiam com a sua desgraça, e o resultado foi que acabou no hospital com escoriações em vastas áreas do corpo e os dois braços partidos.

Vendo-se assim desprotegido e abandonado pela providência, não foi difícil deixar-se convencer pelos arautos da desgraça de que era «preferível amputar os braços e aprender a pintar com a boca ou com os pés do que persistir em pintar com os braços defeituosos; que nunca mais voltaria a pintar como dantes; que iriam rir-se do seu trabalho e sentir pena dele, etc., etc., etc., blá-blá-blá, blá-blá-blá».

E tanto lhe martelaram os miolos que às páginas tantas começou o próprio artista a implorar para que lhe amputassem os dois braços. E o desejo foi-lhe concedido.

Passaram-se os anos e o triste pintor apercebeu-se de que todo o seu corpo recuperara a vitalidade primitiva, o seu potencial criativo e criador aumentara, fruto da maturidade, mas a técnica que os seus braços lhe facultaram no passado não os pôde nunca mais superar pincelando com a boca ou com os pés. Vivia agora da venda de umas brochuras ilustradas e postais nas quadras festivas como a Páscoa e o Natal, mas o seu nome passou ser pronunciado baixinho e com pena e nanja com a reverência do passado.

Desgostoso, quis os seus braços de volta, mas eles nunca mais voltaram. Não morreu de fome! É verdade. Sobreviveu! Sim, também é verdade. Mas o mais importante morrera e não mais conseguiu de volta: a dignidade!

A sua dignidade foi amputada junto com os braços pela razão simples de que se deixou enganar.

Ora, neste momento Portugal e os portugueses estão como o pintor na cama do hospital, só que não a implorar que lhes amputem os braços mas para que arrasem perpétua, irreversível e definitivamente o Estado Social.

O problema é que enquanto estivermos acamados no hospital os gigantes, além das meladas e doces palavras, ainda nos trazem frutos frescos à boca: figos, cerejas, bananas, pêssegos, maçãs, de tudo um pouco. O problema vai ser quando o médico nos der alta e verificarmos que, sendo nós pigmeus de metro e meio e agora ainda por cima sem braços, não competimos de igual para igual ou, dito de outra forma, com igualdade de armas, na apanha dos frutos, no topo das árvores, com os gigantes de três, quatro, cinto, seis e mais metros.

Uma verdade (pelo menos uma) eles nos dizem: os frutos estão lá no alto disponíveis para todos nós. E, verdade seja dita ainda, o gigante não tem culpa de eu ter nascido pigmeu.

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PORTUGAL, S.A.!

Posted by Luís Paulo em Março 26, 2011

Prevê-se, pelo andar da carruagem, que num futuro muito próximo termos tão familiares e queridos de todos os portugueses serão substituídos por outros a que “ainda” não estamos tão familiarizados mas que, sendo mais “finos” por representarem expressões de outras línguas, logo-logo os portugueses, ávidos de modernices e estrangeirismos, a eles se habituarão com a maior das facilidades e requinte na pronúncia.

Concretamente, termos como: País, República, Presidente da República, Presidente da Assembleia da República, Primeiro-ministro, Ministro, Secretário de Estado, etc., serão substituídos por termos pomposos como Empresa S.A., Chairman, Presidente do Conselho, Presidente Executivo, CEO, CFO, CMO, CTO, VP, etc.

Quem ocupará os novos cargos: não sei; quem sonha já com eles: tenho uma ideia mas não digo.

O que sei é que tais cargos serão ocupados por quem já está bem de vida e ficará ainda melhor.

E sei também, a menos que o atrevimento vá mais longe, que a nova empresa se chamará: PORTUGAL, S.A.!

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Acordo Ortográfico – Temos que começar a implementar as novas regras

Posted by Luís Paulo em Janeiro 25, 2011

No seguimento da Lei 47/2006, de 28 de Agosto, que “define o regime de avaliação, certificação e adopção aplicável aos manuais escolares e outros recursos didáctico-pedagógicos do ensino básico e do ensino secundário, bem como os princípios e objectivos a que deve obedecer o apoio sócio-educativo relativamente à aquisição e ao empréstimo de manuais escolares” e da respectiva regulamentação efectuada pelo Decreto-Lei n.º 261/2007, de 17 de Julho, vem o Governo através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011, determinar a aplicação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa no sistema educativo no ano lectivo de 2011-2012 e, a partir de 1 de Janeiro de 2012, ao Governo e a todos os serviços, organismos e entidades na dependência do Governo, bem como à publicação do Diário da República.

NOTA: Vamos tentar “nesta casa” respeitar a partir de agora as regras do novo Acordo Ortográfico e aplicá-las nos nossos próximos textos aqui publicados (pelo menos nos aqui publicados, porque confesso que vai ser muito difícil para mim ter que mutilar os fatos).

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Um facto para recordar nas Presidenciais 2011

Posted by Luís Paulo em Janeiro 24, 2011

Num país onde tudo é previsível, num dia sem surpresas, há um momento que fica para a história! Para a minha história e a da minha família, claro está.

O domingo estava soalheiro, apesar do vento frio, e após um almoço animado, típico domingueiro, fui votar, no cumprimento responsável do meu dever cívico, acompanhado da minha família.

Numa atitude pedagógica, e como é hábito há treze anos, os meus filhos acompanham-me à cabina de voto. Desde o nascimento do mais novo, o Leonardo, que as mulheres vão para uma cabina e os homens para a outra. Três a dois, ganham elas.

O Leonardo acompanhou-me. Peguei nele ao colo (tem três anitos) para o elevar ao nível da base onde pousei o boletim de voto, para lhe ficar acessível. Não poderia ser de outra forma, já que se baixasse o boletim ao nível do pequeno a votação deixaria de ser secreta e poderiam impugnar o meu voto.

Ora, foi precisamente nesse momento que se deu o facto digno de nota. O Leonardo pegou na caneta, olhou para o boletim de voto e eis que se ouve da sua garganta, num timbre altitronante na sala absorta em silêncio (como a solenidade própria do acto recomenda), a seguinte interrogação (carregada de compreensível ingenuidade e indignação):

Ó pai, onde está a tua fotografia?! E eu… pst, cala-te, pá, põe ali a cruz…

E o resto eu não conto… aliás, o resto foi só rir, e o riso em família não se traduz em palavras!

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Qu País é este?!

Posted by Luís Paulo em Janeiro 22, 2011

 
Que país é este,
 
onde reina a passividade e a conformação,
 
onde preside o cinismo e a hipocrisia,
 
onde governa a incerteza e a impotência e
 
onde a animação do povo é uma perpétua Feira das Vaidades?
 
Afinal, que país é este Portugal?!

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Conselho de um ex-fumador, nos três anos de vigência da Lei n.º 37/2007

Posted by Luís Paulo em Janeiro 1, 2011

Por uma melhor qualidade de vida, em 2011
Diz, PARE! Não dispare!

  É o conselho de um ex-fumador!

Lei n.º 37/2007, de 14 de Agosto

Aprova normas para a protecção dos cidadãos da exposição involuntária ao fumo do tabaco e medidas de redução da procura relacionadas com a dependência e a cessação do seu consumo.

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feliz ano novo e… smile

Posted by davidverde em Dezembro 31, 2010

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FELIZ ANO NOVO – 2011

Posted by Luís Paulo em Dezembro 31, 2010

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Isabelle Caro morreu, no anonimato, vítima de anorexia

Posted by Luís Paulo em Dezembro 30, 2010

 

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It’s Christmas! It’s the most wonderful time of the year

Posted by Luís Paulo em Dezembro 23, 2010

*A TODOS UM FELIZ NATAL *

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A Porta do Lado

Posted by Luís Paulo em Dezembro 1, 2010

“No mundo actual, investe-se cinco vezes mais em medicamentos para a virilidade masculina e silicones para as mulheres do que na cura do Alzheimer. Daqui a alguns anos, teremos velhas de mamas grandes e velhos com pénis duro, mas nenhum se recordará para que servem”.

Drauzio Varella

Esta frase chegou até mim no meio daquelas centenas de e-mails provenientes de todos os lados, de amigos e desconhecidos, daqueles “e-mails de repassar” que mais não servem do que para coleccionar endereços de e-mail de estranhos, aos milhares, utilizados depois para fins de publicidade e spam. A maior parte nem chegam a ser lidos e vão direitinhos para a lixeira (principalmente quando trazem anexo), mas este decidi abri-lo porque me parecia que o seu conteúdo seria breve e de rápida leitura. E tinha razão.

Desconfiado, como sempre, da veracidade da informação veiculada por este tipo de e-mails, decidi fazer umas pesquisas na net para ver o que encontrava. Em vários sítios confirmava-se a autoria da frase, mas não afastei as dúvidas quanto à certeza da data, sou seja, fiquei sem saber se ela foi, de facto, proferida durante este ano, em 2010, ou se foi alguém que dela tomou conhecimento há pouco tempo e decidiu fazê-la circular com o título “A FRASE DO ANO, PROFERIDA PELO PRÉMIO NOBEL DA MEDICINA, o oncologista brasileiro Drauzio Varella”. Parece-me, contudo, que essa informação é irrelevante. Relevante e preocupante é, essa sim, a informação que constitui o seu conteúdo.

Durante as pesquisas que fiz para garantir a veracidade da informação antes de a publicar aqui no blogue, encontrei um vídeo no youtube que revela uma entrevista ao Dr. Drauzio Varella. Intitularam essa entrevista de “Porta do Lado” porque nela o autor sugere que procuremos sempre a solução muito simples para resolver uma situação da vida a qual, por lhe atribuirmos tanta importância e tentarmos a solução mais difícil, acaba por nos irritar de tal forma que pode estragar o nosso dia e, em consequência, o daqueles que nos rodeiam que não têm culpa nenhuma.

Como exemplo, o Dr. Drauzio, fala-nos daquelas situações tão irritantes como as de chegarmos junto do nosso carro que deixámos no estacionamento e encontrarmos outro veículo estacionado mesmo juntinho ao nosso, não nos dando grandes hipóteses para entrar. Solução: ao invés de ficarmos irritados, e a praguejar contra o desconhecido, chamando de nomes feios a mãe do fulano a qual, além de não ter culpa nenhuma, se o veículo tiver sido estacionado pelo nosso irmão estaremos a ofender a nossa própria mãe, a solução, muito simples, rápida e eficaz é, segundo Drauzio Varella, entrar pela porta do lado e continuar o resto do dia bem dispostos e sorrindo para quem merece.

Podem escutar a mensagem no vídeo do youtube:

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Halloween

Posted by davidverde em Novembro 9, 2010

Hoje era noite,
as palavras dançavam nas estrelas e cada uma construía frases pequenas.
Na Terra as luzes brilhavam, as sombras se escondiam entre os ramos das casas e os sonhos baloiçavam.
Algures entre os lençóis, escapa-se a minha alma que assustada entre tanta brancura, se lança de braços estendidos, à procura do abraço, do teu abraço como um pendura.
Olhas-me, fitas-me, e entre os teus olhos …vi o nascer de novas vidas, e entre cada novo ramo, uma esperança agitada num tempo apertado.
Deixei-me ficar, …não sei quanto tempo,
apenas dei por mim sentado junto ao lago, apreciando as pequenas ondas das lágrimas que me molhavam os pés.
As minhas mãos, as palmas das minhas mãos seguraram essa água e a ofereceram ao tempo que me levava os entes queridos.
Uma luz trémula acenou-me, outra e mais outra, enquanto o vento agarrado ao meu corpo e um relógio pendurado numa árvore, assassinava o tempo,
eu desenhava no túmulo a sombra do Halloween!
Alguém se acerca de mim e me questiona:
-Você aí cara, tudo bem?
Não sei o que respondi,
apenas me dei conta que uma ambulância piscando, me levava e saía correndo.

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Três aninhos… nada mal!

Posted by Luís Paulo em Novembro 3, 2010

Pois é! Embora o movimento não tenha sido muito, em termos de publicação de conteúdos, a verdade é que o Eclectíssimo faz hoje três aninhos e continua vivo e de boa saúde e resistindo à avassaladora força ciclónica das redes sociais.

Em breve falar de blogues será como falar de discos de vinil mas, tal como os gira-discos, também os blogues hão-de resistir e fazer as delícias dos apaixonados. Assim seja :-)

 

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Poupança não é só aforramento!

Posted by Luís Paulo em Outubro 31, 2010

Há um ano escrevi aqui sobre a atitude sui generis dos portugueses face à poupança, num artigo a que dei o título de Poupança… às avessas!, artigo esse que convido a (re)ler para quem quiser reflectir sobre o fenómeno.

Este ano, hoje, porque o tempo é “mesmo” de poupança generalizada, não apenas por necessidade mas também, e não menos importante, por razões de natureza pedagógica, se atendermos a que o exemplo (ainda) é a melhor lição, este ano, dizia, vou ser menos prolixo e mais contido (poupado) nas palavras.

Assim, para assinalar o Dia Mundial da Poupança 2010, escolhi para tema e título do meu texto “Poupança não é só aforramento” para, em meia dúzia de palavras, lembrar que poupar é muito mais do que “pôr dinheiro de lado para uma eventualidade“.

E escolhi este tema porque a argumentação que mais tenho ouvido da boca das pessoas, seja de familiares e amigos seja de pessoas que são entrevistadas pelos órgãos de comunicação social, face aos sucessivos incentivos à poupança, por parte de entidades responsáveis, é esta:

— «Poupar?! Poupar o quê, se não sobra nada para poupar?»

— «Poupar como, se o dinheiro dos ordenados não chega para nada?»

— «Poupar o quê se as coisas não param de subir de preço e os ordenados diminuem cada vez mais, já não só em termos reais mas agora também em valor absoluto?»

— «Poupar como, se cada vez me sobra mais mês no fim do dinheiro?!»

Pois eu entendo que para quem tem este tipo de problemas, como eu tenho (daí que os meus conselhos sejam de experiência feitos), existem alternativas à poupança para lá do tradicional entendimento de que poupar é sinónimo de aforrar.

Poupar é gastar menos – menos água; menos luz; menos gás; menos combustíveis; menos nas “borgas”; menos cosméticos; menos alimentos – comida e bebida – nocivos à saúde (poupa-se na não-aquisição dos ditos e poupa-se na farmácia e/ou nos médicos); menos vícios (tabaco, álcool, café, etc.); menos de tudo o que possa ser menos sem diminuir a qualidade de vida…

Poupar é gastar melhor, evitando desperdícios e duplicação de custos.

Poupar é viver melhor sem custo!

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Simples

Posted by davidverde em Outubro 9, 2010

Estava aqui, á mesa a pensar – sabe-se lá em quê – quando no percurso de um braço, alcanço um pequeno rectângulo e num pulo de dedos entro na internet, quando me sai este José. Este saltitou entre o meu piscar de olhos – penso que foi a memória, essa marota que se levantou do chão e de um sono profundo – redigindo o nome no monitor dos meus olhos. Para isso contribui, não é de negar ou fazer disso segredo, esse pequeno filme em que a flor… esperem um bocadinho… tenho aqui algo a molhar-me os pés.
Não, não é um rapazinho a molhar-me as raízes dos pés, mas sim o maroto do meu cão.
A história desse pequeno filme é tão simples, como o arco do sorriso de uma criança, às vezes lambuzado de chocolate, mas continua a ser um belo sorriso, apenas um bocadinho mais doce. Contudo, todos sabemos que as coisas simples, resultam por vezes de muitas procuras e contínuo trabalho, é que isto de ser adulto…
Esperem, por favor,.. o meu cão é filósofo e diz que construímos um labirinto de caminhos que por vezes esbarra numa parede sem podermos sair em frente, e como não temos faro apurado para seguir o que procuramos, parecemos uns tontos…
Voilá, meus senhores e minhas senhoras, autêntico pragmatismo canino. AU, Au! Pelos vistos tenho que prestar-lhe mais atenção, assim evito as nódoas negras da alma, só não evito a ligação à terra. É que este cão só quando me molha as raízes dos pés é que eu entendo a sua linguagem.
A propósito seu nome é pluto, tal e qual o cão do …, esperem lá, me dei conta agora…sou mesmo um tonto. Vou-me retirar humolhado.

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Circulando de marcha-atrás na auto-estrada, a 120 km/h, do Porto a Santa Maria da Feira

Posted by Luís Paulo em Agosto 1, 2010

Embora aparentemente aterradora, a experiência é apenas divertida e permite algumas reflexões pessoais, íntimas. Foi o que me aconteceu a mim esta manhã, que fiquei deveras impressionado. Há dias assim, em que estamos mais propensos à reflexão.

É claro que não se trata de circular literalmente de marcha-atrás, o que, além de proibido e praticamente impossível, seria um suicídio. A expressão é metafórica, porque traduz a ilusão de óptica que resulta do acto de circular na auto-estrada a velocidades não superiores a 120 km por hora. Como todos passam por nós a velocidades mais próprias da aviação, às páginas tantas fica-se com a sensação de que estamos a viajar de marcha-atrás.

O resultado desta triste realidade é que os acidentes mortais acontecem a cada instante. Talvez uma guerra civil não fosse tão mortífera. Olhando para os números contabilizados nos últimos quatro anos, sendo que o de 2010 ainda vai a meio:

Número de Mortos nas estradas portuguesas em 2010 (até 20 de Julho): 355 (mais um do que no mesmo período em 2009)

Número de Mortos nas estradas portuguesas em 2009: 738

Número de Mortos as estradas portuguesas em 2008: 772

Número de Mortos nas estradas portuguesas em 2007: 854

Pergunto: dá ou não dá que pensar?!
 
 

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Homenagem a Saramago

Posted by Luís Paulo em Junho 30, 2010

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Team Hoyt! Um exemplo, uma comovente lição de Vida!

Posted by Luís Paulo em Junho 21, 2010

Um dia o filho pergunta ao pai:

“Papá, vens correr comigo a maratona?”

O pai, apesar da idade e de alguns problemas cardíacos, responde que sim, e ambos correm a primeira maratona juntos.

Algum tempo depois, o filho volta a perguntar ao pai se quer correr de novo a maratona com ele, ao que o pai anuiu uma vez mais.

Correm juntos a maratona pela segunda vez.

Certo dia, o filho coloca um novo desafio ao pai:

“Papá, queres correr comigo o Ironman?” (O Ironman é uma modalidade desportiva muito mais exigente, de tipo Triatlo… implica nadar 4 km, andar de bicicleta 180 km e correr 42 km).

E o pai volta a dizer que sim ao seu filho.

Até aqui parece nada haver de extraordinário, mas nada como uma imagem, que vale por mil palavras, para nos mostrar o que de maravilhoso, extraordinário, emocionante, exemplar e comovente se esconde por detrás desta aparentemente vulgar história desportiva entre pai e filho.

É por isso que os convido a ver com atenção, de preferência em recato e com som no computador, o magnífico vídeo que se segue:


Sobre a Team Hoyt!

Testemunho de Dick Hoyt.

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Silva Sams

Posted by davidverde em Maio 28, 2010

Porto, 28 de Maio de 2010

Após leitura,
de um gentil convite, da terra do Amazonas, decidi endereçar um texto de agradecimento.

Mas a densa floresta de palavras, de espécies possíveis e imaginárias, fez-me encolher e após (muitos) tímidos passos, aqui e ali, fui saltando para as copas de cada letra e completar cada palavra.
Porém, a minha energia saltadora não conseguiu alcançar todas as letras que gostaria de escrever e o texto é uma pequena tribo índia.
Caro senhor: recebi com grande honra e orgulho o seu convite em participar no seu blogue. Muito obrigado.
Mas o autor deste blogue não sou eu, (o abaixo indicado) alguns textos e imagens, são de facto meus, aquele que indicou é meu, mas o amigo Paulo é o autor do Blogue e encontra-se à janela, com ar maroto no seu lado esquerdo.

Aviso-o que esta mensagem sai em garrafa do vinho do Porto, segue pelo rio Douro, aventura-se em Atlântico oceano e irá espraiar-se no país do Amazonas, para lhe dar um abraço de:
Davidverde.

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espanca

Posted by davidverde em Maio 18, 2010

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Esclarecimento sobre os Recursos Educativos do Ensino Secundário

Posted by Luís Paulo em Abril 27, 2010

Descontentes  com as sucessivas trocas de localização e métodos de acesso aos Recursos Educativos do Ensino Secundário (descontentes, entre aspas), alguns utilizadores mais assíduos e menos familiarizados com as TIC’s, têm-me perguntado o que fiz aos materiais já que os encaminho para um blogue que já não está disponível – o Biblioteca Virtual Estudante. Refiro-me, obviamente, aos recursos disponibilizados por mim, e não a quaisquer outros (esta é óbvia, mas como me fazem tantas questões de tudo e de nada, o melhor é prevenir).

Ora, aqui ficam, pois, as indicações para encontrar os ditos Recursos Educativos (pelo menos por agora! não tenho culpa de ser um eterno insatisfeito).

Os Recursos Educativos do Ensino Secundário estão agora disponíveis, e completamente desprotegidos de password, no Widget BoxNet situado na barra lateral esquerda do blogue!

Outros materiais disponíveis para o Ensino Superior em:

http://ruadosbragas223.blogspot.com

(Neste blogue – Rua dos Bragas, 223 – existe um formulário de contacto. Os estudantes do Ensino Secundário que pretendam candidatar-se a um dos cursos disponíveis na FDUP (Faculdade de Direito da Universidade do Porto) – DIREITO e CRIMINOLOGIA – e queiram obter informação ou esclarecer alguma dúvida (a título informal), podem usar esse formulário de contacto para solicitar ajuda. Se não souber responder às questões apresentadas saberei certamente encaminhá-los para as pessoas certas.

Uma vez mais BEM HAJAM e obrigado pela vossa compreensão!

Para todos os estudantes que preparam a sua candidatura ao Ensino Superior no próximo ano lectivo, os meus sinceros votos de:

BOA SORTE!

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a penas

Posted by davidverde em Abril 25, 2010

De Abril, resta a crista vermelha,

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Rigor e Disciplina!

Posted by Luís Paulo em Abril 24, 2010

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A Vida passa num fósforo! Acende com ela uma vela de Amor…

Posted by Luís Paulo em Fevereiro 28, 2010

 

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FELIZ ANO NOVO 2010

Posted by Luís Paulo em Dezembro 31, 2009

Gifs - Flash - Fotos e Videos Para seu Orkut

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O melhor que podes dar está dentro de ti! Este Natal e sempre!

Posted by Luís Paulo em Dezembro 21, 2009

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10 de Dezembro é Dia da Declaração Universal dos Direitos do Homem

Posted by Luís Paulo em Dezembro 10, 2009

Há 61 anos, neste dia 10 de Dezembro, em 1948, era adoptada e proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas na sua Resolução 217A (III) a Declaração Universal dos Direitos do Homem

A Declaração Universal dos Direitos do Homem foi publicada no Diário da República, I Série A, n.º 57/78, de 9 de Março de 1978, mediante aviso do Ministério dos Negócios Estrangeiros. 

Clique na imagem da bandeira da ONU para obter o texto integral da Declaração Universal dos Direitos do Homem:

Leia aqui a Declaração Universal dos Direitos do Homem

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Berlim 2009 – Uma imagem… mais de mil palavras!

Posted by Luís Paulo em Novembro 9, 2009

Lech Walesa empurrando a primeira pedra simbolizando o derrube do Muro de Berlim

Lech Walesa empurrando a primeira pedra simbolizando o derrube do Muro de Berlim

 

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Poupança… às avessas!

Posted by Luís Paulo em Outubro 31, 2009

Neste Dia Mundial da Poupança, ocorreu-me discorrer sobre o seguinte:

Os portugueses têm uma tendência natural para fazer tudo às avessas.

Por exemplo, é prática comum os portugueses pouparem nos momentos de crise. O meu avô diria: Só se lembram de Santa Bárbara quando troveja! Assustados com as dificuldades, e porque verificam que a ausência de reservas económicas lhes pode ser fatal numa crise mais severa, correm ao banco a depositar umas parcas “coroas” que retiram à boca – migalhas.

O problema é que essa atitude não beneficia ninguém – objectivamente falando, claro – salvo o próprio que fica com a consciência mais tranquila. Mas pouco mais ganha, já que a mais que certa subida da inflação a curto prazo lhe irá comer essas parcas migalhas. Pois é de migalhas que se trata, já que são tiradas à boca. Além de que contribui para o agravamento e atrofiamento da economia que se vê privada da circulação de capital.

Quando tem pouco – ou quase nada –, o português poupa, retirando à boca hoje o que irá inevitavelmente gastar amanhã… na Farmácia. Na Farmácia, sim, porque quem tira pão à boca, quando já é pouco, acaba ficando doente. E se o não gastar na farmácia, porque é robusto ou bafejado pela sorte, vai esbanjá-lo alarvemente quando a crise passar e a vida lhe correr melhor. Agora, farto de sentir a barriga colada às costas, desaperta o cinto; come até fartar; engorda até quase rebentar; vai para o ginásio até sufocar e de seguida vai de férias – para fora, onde são mais caras, que isto por cá é para os pindéricos (ou, quem sabe, para dar um ar mais chique à coisa, internacionalizando o ciclo (ou círculo, como alguns lhe chamam)) – armar-se em rico. Ah! e se o dinheiro não bastar, recorre-se ao crédito!

Esquecem-se. Porque os portugueses têm memória curta.

Esquecem-se que a poupança deve ser feita o ano inteiro, com reforços substanciais nos momentos desafogados. Porque a poupança é consumo diferido. Se poupo hoje sem esforço, que tenho mais, consumo amanhã tranquilamente quando a crise me bater à porta.

Porque já ninguém hoje tem dúvidas de que as crises são cíclicas e inevitáveis, e que, se compararmos a economia e as suas crises com os aviões e as quedas destes – tomando de empréstimo a metáfora ao ilustre Prof. João César das Neves, que esta semana nos brindou com uma agradável palestra, no Salão Nobre da Faculdade de Direito da Universidade do Porto, subordinada ao tema: “A Situação Actual da Economia Portuguesa” –, de espantar não é que os aviões caiam, de espantar é sim que eles voem.

Então, acrescento eu agora, é necessário que nos munamos com um bom pára-quedas, construido por nós ou, no mínimo, com a nossa supervisão, e não ficarmos à espera que no momento da queda alguém nos dispense um ou nos “deite a mão” em socorro…

É claro que a poupança pode ser feita de múltiplas maneiras. É preciso é ser criativo… e poupar também!…

 

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gato fedorento

Posted by davidverde em Outubro 26, 2009

 

o peixe e o gato

Os convivas do jantar televisivo despertam paixões medicinais, num contraste. Dito de outra maneira, põe em evidência a dicotomia entre o norte-nocturno de um político e o sul-soalheiro de um humorista, que é gato.

 

 Felizardo do gato que se fartou do peixe, atirou-o para longe, e agora é vê-lo a …“ esmiuçar” as linhas vazias da caixa.

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auto…

Posted by davidverde em Setembro 27, 2009

pinta

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SÍLABAS

Posted by davidverde em Setembro 20, 2009

DA LUZ NADA SEI, NEM DONDE VEM
NEM PARA ONDE VAI…
COMO UM BEIJO CAÍDO
NU, ATÉ TOCAR ESTRELAS OCULTAS
E O AMOR COM SUAS SÍLABAS SECRETAS
DISSE AO VENTO O TEU NOME
QUE HOJE REPETE A TODA A HORA
E ATRAVESSANDO O INVERNO
ERGUE O TEU PESO DE PÉTALA NOS BRAÇOS
COMO SE NÃO SOUBESSE CAMINHAR
SENÃO CONTIGO.

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AS VIDAS…

Posted by davidverde em Setembro 13, 2009

AS VIDAS EM SORTILÉGIO, CUMPREM MISSÕES, NOS ESPELHOS PICTÓRICOS DA ÁGUA, RASGANDO CAMINHOS ONDE PARECE NÃO OS HAVER, AQUI ESTOU EU NU SEM FUTURO!

AS VIDAS EM SORTILÉGIO, CUMPREM MISSÕES, NOS ESPELHOS PICTÓRICOS DA ÁGUA, RASGANDO CAMINHOS ONDE PARECE NÃO OS HAVER, AQUI ESTOU EU NU SEM FUTURO!

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partida

Posted by davidverde em Agosto 31, 2009

partida

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quando me sinto só

Posted by davidverde em Agosto 31, 2009

quando me sinto só

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